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Mulher X Trabalho: a culpa te persegue?

Dia corrido, muito trabalho, não deu tempo de colocar as crianças pra dormir, não conseguiu ir na academia, não conseguiu dar atenção ao marido, esqueceu o aniversário da melhor amiga… Resultado: culpa! 

CulpadA!

Culpa é uma palavra muito presente no cotidiano feminino. Apesar de ser um sentimento ou sensação totalmente humana, nossa cultura traz para a mulher uma carga muito maior de exigências que causam, na maioria das mulheres, a sensação de culpa. 

Relacionamento, amizades, maternidade, trabalho, corpo e saúde. Essas são as principais causas de culpa em mulheres. Isso porque as mulheres tendem a se sentirem culpadas quando pensam que não estão desempenhando bem algum dos vários papéis que elas são obrigadas a levar.  

Culpa o tempo todo

Uma pesquisa britânica constatou que quase 100% das mulheres sente, pelo menos uma vez por dia, a sensação de culpa e mais da metade delas têm essa sensação pelo menos 4 vezes por dia. Além disso, 75% dessas mulheres relataram se sentir ainda mais culpadas depois de tornarem-se mães e mais da metade delas chega a perder o sono por sentirem-se culpadas.

O resultado dessa pesquisa foi tão alarmante que nos trouxe o apelido de Geração GAT (“guilty all the time”, em português: culpa o tempo todo).

São várias as razões que fazem as mulheres se sentirem culpadas e o ingresso no mercado de trabalho tem um peso fundamental nisso. A mulher sente culpa por trabalhar e deixar de lado a família ou os afazeres domésticos. Culpa por decidir deixar de trabalhar para cuidar dos filhos. Culpa por decidir não ter filhos ou não se casar…

Enfim, culpa o tempo todo!

E o homem, não sente culpa?

Especialistas afirmam que a diferença entre homens e mulheres, nesse sentido, se deve ao fato de as mulheres terem uma tendência (socialmente imposta) a se culparem por seus fracassos, internalizando a relação de causa e consequência, enquanto os homens tendem a externalizar isso, apontando o dedo para fatores externos.

Não quer dizer que o homem não se sinta culpado nunca. Mas as razões que trazem ao homem a sensação de culpa são bastante diferentes e muito menos em quantidade.

Mulher X Trabalho

O ingresso da mulher no mercado de trabalho é ainda uma “novidade”. A geração das nossas avós ainda não era uma geração inserida no mercado. A elas competia, portanto, todas as obrigações relacionadas à família e afazeres domésticos eram destinadas às mulheres.

Com o passar do tempo essa situação foi mudando. Atualmente as mulheres já ocupam aproximadamente 50% do mercado de trabalho. Porém as mudanças não são tão perceptíveis no que diz respeito às tarefas domésticas e cuidados familiares, que ainda recaem majoritariamente sobre as mulheres. Isso traz a elas um acúmulo de funções e jornadas, fazendo-as competir de forma desigual com os homens.

No mercado de trabalho, principalmente quando ocupando cargos que poderiam ser ocupados por homens, a cobrança pela excelência da mulher é enorme! Não apenas por parte das empresas, mas por parte de si mesmas. 

Há diversos preconceitos que envolvem a mulher no mercado de trabalho. Se ela se apresenta enérgica ou sensível, logo dizem que está de TPM. Se é delicada demais, muitas vezes não a respeitam, principalmente em cargos de gestão. Se é “durona” ou impositiva, é taxada de mandona, mal-amada, mulher-macho…etc. 

Por essas razões muitas mulheres se sentem obrigadas a se mostrarem melhores do que os homens! A mulher se sente constantemente pressionada a provar que ela merece ocupar aquele cargo. Ela se sente pressionada apresentar melhores resultados. E tanta pressão traz uma maior sensação de culpa quando há alguma falha.

Faca de dois gumes



Por um lado, a culpa em excesso pode gerar consequências traumáticas para as mulheres. Desde tristezas profundas, baixa auto-estima, sensação de incapacidade, podendo levar até à depressão. 

Isso acontece, principalmente quando a culpa vem desassociada de uma ação. Ou seja, a sensação de culpa se instala, gerando um estado de constante “ruminação” da questão, mas sem causar nenhuma transformação.

Por outro lado, quando a pessoa sente a culpa e utiliza essa sensação para refletir sobre o porquê desse sentimento e quais as medidas necessárias para resolver isso, a culpa se torna uma ação transformadora para aquela pessoa. 

Um exemplo: você se sente culpada por não conseguir conciliar as tarefas domésticas com sua jornada de trabalho. Neste caso, você poderia refletir sobre essa questão e: 

  • buscar entender se há alguma possibilidade de readequar sua jornada de trabalho;
  • ou dividir as tarefas domésticas com seu parceiro e filhos (ou com quem mais dividir a casa com você); 
  • ou ainda, readequar as suas expectativas em relação à organização da sua casa. 

Todas essas são possibilidades que surgiram da reflexão sobre a culpa mas, ao se tornarem uma ação, eliminam essa sensação e podem melhorar a sua qualidade de vida. 

Dicas para lidar com a sensação de culpa:

1-) Você não pode controlar tudo! Infelizmente sempre existirá alguma coisa que fugirá do seu controle, e tudo bem! Aceite que nem tudo está nas suas mãos.

2-) Não se apegue ao passado. A culpa é sempre referente a algo que já passou. Use o passado como experiência, reflita sobre ele, reprograme a sua mente para construir o seu futuro. E entenda que amanhã é outro dia. Viva o presente!

3-) Não se martirize! Tenha com você a mesma compaixão e compreensão que você tem com os outros. Perdoe-se!

4-) Lembre-se que não existe perfeição. Todos somos passíveis de cometer erros. Você NÃO TEM que ser perfeita.

5-) Aproveite as oportunidades. A sensação culpa pode ser um bom gatilho para refletir, avaliar e mudar o curso da nau. Use-a como uma oportunidade e não como um martírio.

Não deixe a culpa derrubar você!

Seguindo essas dicas você conseguirá aliviar a sensação de culpa e se tornar uma mulher mais ativa e confiante. 


Se você não conseguir sozinha, busque a ajuda de uma profissional que entenda a sua situação e tenha as ferramentas necessárias para te ajudar a se tornar uma profissional de sucesso sem culpa!